Às vésperas das
eleições eu me peguei pensando na necessidade emergente de reformas de várias
naturezas em nosso país. Desde os tempos da faculdade, essa questão incitou um
incômodo em mim, mas eu nunca me debrucei mais profundamente sobre o assunto.
Este ano, tivemos
por algumas vezes, dias de terror. Greve de policiais, greve de rodoviários,
insegurança e caos numa sociedade civil desnorteada e imersa em um processo esquizofrênico
que sequer consegue discernir os acontecimentos em sua dimensão.
Temos presenciado
dias difíceis, de valores invertidos e lógicas deturpadas, alienadas por uma
onda de malabarismos promovidos nas redes sociais. A publicidade nunca esteve
tão em alta e vale publicizar qualquer acontecimento, ainda que não se tenha
conhecimento algum acerca dele.
Vimos isso acontecer
claramente nas manifestações Brasil afora em 2013. Vimos se repetir até nos
movimentos sociais, a exemplo do "Ocupe o Estelita”. Infelizmente temos
vistos causas sérias, importantes e definidoras do processo de desenvolvimento
e reprodução social, serem levadas a esmo como um evento, um lazer em dia de
domingo para dar ibope nas redes sociais.
Sabemos que há
pessoas sérias e o movimento é legítimo. O problema é essa “massa de
manobra” que anda sem saber onde está indo e o que está buscando.
E tudo se repete
mais uma vez com o impasse e contradição do Poder Judiciário do nosso país,
como se não bastasse a lambança que é nosso regime político por meio do
Executivo e Legislativo, com todas as suas benesses e vaidades.
É inacreditável! Vamos ver agora se o
gigante está acordado ou bem sentado em sua poltrona esperando o aumento das
passagens, já que alguém terá que pagar a conta dessa baderna.